“O segundo filho salva”. Não sei afirmar quem disse isso, mas, quando ouvi, me identifiquei imediatamente. Eu sempre soube que, para mim, difícil seria ter o primeiro filho. Mas se e quando tivesse, o segundo logo viria. Isso era muito claro.
Anos antes da minha primeira filha nascer, sentados no chão do apartamento de meus pais, em uma madrugada fria de São Paulo e com meu mapa astral espalhado no chão, eu e meu marido ouvimos que seríamos pais de 2 meninas. Influenciados (ou não) por essa “previsão”, nós sempre conversávamos sobre nossas princesas. Nomes, inclusive – apesar de terem sido, em parte, alterados. Mas eu sabia que era mais do que isso.
Há pouco tempo, na terapia, descobri que minha referência de família é meu irmão. Ele é minha representação de família, pois sempre esteve presente em todas as minhas memórias. Não tenho uma recordação de infância que ele não esteja presente. Não somos, nem nunca fomos, grudados. Sempre tivemos diferenças e atritos (inclusive e principalmente quando dividimos um minúsculo apartamento). Mas sua presença sempre foi forte (mesmo estando ausente). Suas atitudes comigo sempre disseram muito mais do que suas palavras (inclusive porque ele nunca fala, rs). E isso é família. Memórias, recordações, brincadeiras, brigas, afeto, cumplicidade… Pequenos e sinceros momentos. E, principalmente, a segurança que isso proporciona. Talvez por isso (e sem que eu soubesse), sempre tive certeza que não seria mãe de filha única.
Bom… a cumplicidade de irmão eu conhecia, mas, não sabia (e hoje sei) que esse segundo filho salva. Salva porque suaviza. Equilibra. Transforma as relações. Ameniza os anseios, medos e expectativas. Fortalece a cumplicidade. Prova que o amor sempre pode se multiplicar e é sempre mais forte do que tudo. No meu caso, além de tudo isso (e por tudo isso), minha Pitica me deu a intensidade das dores do parto e o prazer sublime da amamentação (de forma plena). É feliz. Leve. Não busca aprovação e nem espera reconhecimento. Não tem medos. Não carrega essa carga pesada do primeiro filho (sei bem, pois vivi isso sendo a filha mais velha), mas ajuda muito com a carga que a primeira acredita ter (e não tem – mas já vem com esse papel cármico que pertence ao filho mais velho. Outra descoberta, rs). Leveza – essa é a palavra. O segundo filho salva justamente porque dá leveza. Simples assim. E… por ironia do destino… minha Pitica traz cachos, covinha do lado esquerdo e é extremamente bagunceira – igualzinho meu irmão quando criança.
Aos poucos vou contando mais sobre a experiência do segundo filho. No meu caso, segunda. rs
Paty mto bom!!! ótimo texto!! filhas lindas, família margarina!!kkkk bjãoo
Texto perfeito prima. Me fez lembrar de você e Daniel pequenos. Você sempre mais comportada, analisava tudo e todos, e Daniel, bagunceiro, peralta ao extremo, mas ambos encantadores. é tão gratificante ver a mulher sábia que você se tornou. Mãe dedicada, esposa companheira. Não sou presente, mas podes ter a certeza de que continuo amando todos vocês com o mesmo amor de sempre. Parabéns prima. que deus abençoe poderosamente você e esta família linda que Deus te deu…Beijos!!!
P.S.: Desculpe os erros de português. Deus com letra minúscula, Começo de frase também com letra minúscula…Esqueci de revisar.
Amém! Obrigada… bjs!!!!
Lindo e maravilhoso!! Vivendo o turbilhão de emoções da primeira filha esse texto me animou muuuuuuito!! Orgulho de ser sua amiga e feliz por poder ler seus textos aqui!! Bjos com muita saudade!!!
Obrigada querida. Bjs!!!