Por Paty Juliani
“Mamãe, a Paola é mesmo muito bagunceira, não é????”
Opa, o alarme vermelho acendeu.
Giulia escutou alguém dizer que minha filha mais nova é bagunceira e ela, quietinha.
Esse é um comentário corriqueiro e, todas as vezes que escuto, tento despistar pra ela não escutar. Mas, desta vez não consegui.
“Sim, Paola é bagunceira igual a você”
“É mesmo?”
“Claro”
E assim terminamos aquele assunto.
Confesso que essa missão está cada dia mais difícil. Agora que minha pequena já não está tão pequena assim, ela presta atenção em tudo e quer saber tudo o que as pessoas falam.
Tenho duas filhas.
Uma taurina, loira de cabelo liso, que quer ser a Branca de Neve, bailarina e pintora. Olhos verdes escuro. Não dá, nem nunca deu trabalho. Adora rotina e segue a risca a sua. Sente segurança em deitar sempre no mesmo lugar do sofá, em tomar mamadeira ouvindo historinha e dorme segurando minha mão. Adora fazer penteados e pirulito colorido. Não gosta de banana, nem morango e nunca ligou muito para bonecas. Adora maçã. Gosta de jogos e de inventar histórias. Nunca gostou de brincar sozinha. A outra é sagitariana, morena de cabelo cacheado, que tem olhos de jabuticaba. Fica enlouquecida quando vê a Cinderela. Não posso, nem nunca pude descuidar um só minuto. Não quer saber de rotina. Dorme cada dia em um horário e de jeitos diferentes. Gosta de colocar colar e vestir os sapatos da mamãe. Adora banana e morango e não gosta de maçã. Vive atrás de bonecas e se diverte brincando sozinha.
Portanto, duas filhas diferentes. Claro. Todo ser humano é, por isso não há regras. O problema é que as pessoas insistem em criar rótulos e fazer comparações.
E rotular é diminuir, limitar e empobrecer o ser humano.
Somos rotulados o tempo todo e, querendo ou não, absorvemos isso e sabemos exatamente o que esperam de nós.
Mas ela não precisa disso.
Ninguém precisa.
Não quero limites, pois minha filha é isso e muito mais. Ela é e pode ser o que quiser. Quando quiser. E mudar, sempre. Se refazer, se reconstruir. E, se precisar ou sentir necessidade, quebrar os estereótipos criados para ouvir sempre seu coração. Da maneira que achar que deve ser.
Não quero que minha filha escute, absorva e incorpore o papel construído para ela. Que ela carregue isso e passe a ser o que sempre disseram que ela é.
Nem ela, nem a irmã.
E assim, sigo em mais uma árdua missão e deixo pra vocês um vídeo muito bom, baseado no livro “O poder do discurso materno” de Laura Gutman, que ilustra bem o que penso sobre isso.
Paty eu ADOREI seus textos!!! Ainda não sou mãe mas vejo muito do que eu penso em você e nas suas palavras.
Já te conheço há muito tempo, desde sempre eu acho, e sempre a achei uma pessoa muito especial. Linda, carismática, alegre, simpática, carinhosa…especial. Filhas de um casal especial, e hoje você transmite à elas seus aprendizados.
Que bom que as suas meninas, LINDAS também, tem você como exemplo. Parabéns pelos textos e que as suas meninas continuem desbravando este mundão. Não há nada melhor que ter oportunidade de se conhecer e ser quem realmente queremos ser! Um grande beijo. Thais
Nossa Thais, fiquei emocionada. Vocês também são uma família muito querida e especial. Obrigada mesmo. Bjs!!!
Patrícia, infelizmente, você vai enfrentar inúmeras situações como essa, às vezes mais difíceis de contornar…Cabe à mãe fazer toda a “ginástica” do mundo para não deixar seus filhos serem atingidos…e nem sempre vão conseguir! Desejo boa sorte na sua caminhada, aproveite sua inteligência e intuição e…sejam felizes!!
Adorei o texto e o vídeo! beijos, tia Sonia
muito bom, texto excelente e vídeo tb!!!! sempre tomo muito cuidado com os rótulos, mas é difícil controlar a língua de quem está próximo né?? rsrsr
Paty adorei esse texto tb, amiga aprenda uma coisa….sagitarianas são geniosas e sabem o que querem!!!!….kkkkk…sdds!!!
Bjs
Pois é…kkk…bjs!!!
Paty… que lindo texto amiga!!!
Elas podem ser o que quiserem…. lindo isso…..,admiro vc amiga querida,!!
Afinal ser mãe é um ato de coragem!
Beijo grande !
Obrigada querida. Bjs!!!!