Por Paty Juliani
Era Páscoa mas poderia não ser.
Era aqui mas poderia ser lá.
Era encontro e houve celebração.
Éramos mulheres falando de vida e de experiências tão particulares.
Eram vivências para se conectar com a vida. Com novas vidas.
Três dias. Cinco mulheres.
Um menino na barriga de uma mãe empoderada, forte, maternal e generosa.
Tão lindo e tão simbólico.
Sentimos a vida pulsar.
O acalanto acontecer.
O desejo de brotar sementes e vê-las florecer.
Teve histórias. Teve dança. Teve música.
Teve roda. Teve poesia.
Teve risos. Teve choro.
E teve batidas de corações.
Eram mulheres que estavam aqui, mas poderiam estar ali.
Éramos nós, mas poderiam ser elas.
Era páscoa. Mas poderia não ser.
Mas era. E assim foi!
“Se precisarem, as mulheres pintarão céus azuis nas paredes da prisão.
Se a meada se queimou, elas fiarão mais.
Se a colheita estiver destruída, elas farão outra semeadura imediatamente.
As mulheres desenharão portas onde não houver nenhuma.
E elas as abrirão e passarão por essas portas para novos caminhos e novas
vidas.
Como a natureza selvagem persiste e triunfa, as mulheres persistem e triunfam.”
(“Mulheres que Correm com os Lobos”, Clarissa Pinkola Estés)
Muito bom! Lembrando da força que me habita!