Por Dede Lovitch
Sim, o vídeo é sem legendas em português, mas o texto pode esclarecer tudo.
Toda e qualquer manifestação de liberdade no ser humano, nada mais é, aos meus olhos, que uma representação, um reflexo esquizofrênico daquilo que não sabemos, ou não lembramos o real significado. Real aliás, que tem se mostrado, ou melhor, que tem se escondido entre egos e frustrações.
Todo nosso ser vem sendo permeado por falsos ideais e desejos extrínsecos ao nosso instinto selvagem e tão simples. A nossa capacidade de complicar vai além da nossa capacidade de entender isso. Estamos num momento onde reprimir instintos passou a ser uma questão de sobrevivência (vide o uso da ritalina em nossas crianças e os anti-depressivos em nós).
Sim, “tá dominado, tá tudo dominado” como diria furacão 2000, e nós aqui preocupados com o futuro. Mais uma vez, nos atentemos ao presente, prezados terráqueos.
Precisamos procurar viver de uma maneira menos humana, menos ESSA humana que nos coloca em posição tão superior e nos deixa cegos e insensíveis à todas as outras criações do planeta. Essa forma tão humana está tirando de nós a relação com a natureza; tanto a natureza que nos rege (ou pelo menos deveria), como a natureza em si, em toda sua magnitude.
É aí que entra a grande sacada dessa campanha publicitária: o contato com a natureza. A comparação é dura, cruel e assustadora: através de uma pesquisa realizado pela empresa, foi constatado que nossas crianças, de um modo geral, não têm mais que uma hora por dia, de contato com a natureza ao ar livre. Menos que detentos, que chegam a ter 2 horas diárias.
O relato mais impressionante foi de um dos detentos que, quando questionado o que poderia acontecer se eles ficassem somente 1 hora por dia ao ar livre, responde que certamente todos ficariam com mais raiva . Mais raiva… Hum… Pode ser aí a brecha do consumo abusivo da ritalina e afins.