Por Paty Juliani
“Permita-se falhar. Uma mãe de primeira viagem nem sempre sabe como acalmar o bebê que está chorando. Não ache que precisa saber tudo. Leia livros, procure coisas na internet, pergunte a mães e pais mais velhos ou, simplesmente, vá por tentativa e erro. Mas, acima de tudo, concentre-se em continuar uma pessoa completa. Tire um tempo para si mesma. Atenda a suas necessidades pessoais.
Por favor, não pense nisso como “dar conta de tudo”. Nossa cultura enaltece a ideia das mulheres capazes de “dar conta de tudo”, mas não questiona a premissa desse enaltecimento. Não tenho o menor interesse no debate sobre as mulheres que “dão conta de tudo”, porque o pressuposto desse debate é que o trabalho de cuidar da casa e dos filhos é uma seara particularmente feminina, ideia que repudio vivamente. O trabalho de cuidar da casa e dos filhos não deveria ter gênero, e o que devemos perguntar não é se a mulher consegue “dar conta de tudo”, e sim qual é a melhor maneira de apoiar o casal em suas duplas obrigações no emprego e no lar.”
Nós simplesmente amamos Chimamanda Ngozi Adichie ([http://]www.facebook.com/chimamandaadichie; http://www.chimamanda.com). Ela nasceu na Nigéria, em 1977 e, além de ter escrito os livros “Meio Sol Amarelo”, “Hibisco Roxo” e “Americanah” e uma coleção de contos “The Thing around Your Neck”, escreveu esses dois “Sejamos todos feministas” e “para criar crianças feministas”, que nos arrebatou de vez. Nesses dois livros, ela traz conselhos simples mas muito preciosos para se oferecer uma formação igualitária a todas as crianças. Além disso, suas palestras, facilmente encontradas na internet, são preciosas. Nós amamos e temos certeza que todos que se depararem com ela também amarão.