por Rita Durigan
Estava apressada resolvendo coisas pelas ruas de Nova York quando vi dois garotinhos de pouco mais de dois anos apostando corrida em uma praça.
O primeiro a chegar diz, empolgado e competitivo: “I’m the first!” – “Cheguei primeiro”, em português.
E o segundo, muito feliz e confiante, dá um salto de vitória e diz: “I’m the second!” – “Cheguei em segundo!”.
O primeiro, meio confuso, repete o que o amigo parece não ter ouvido: “Hey, but I’m the first!”.
E o segundo, com um sorriso de satisfação de quem tem o que comemorar, sentencia: “But I’m the second!”.
Entre a incompreensão e a desconstrução de valores, eles repetiram mais uma vez o diálogo de duas frases, houve um entendimento rápido que só as crianças são capazes de ter, e antes que eles partissem para a próxima brincadeira sem nem mais lembrar do ocorrido, o segundo lugar tornou-se tão ou mais importante que o primeiro naquela corrida de rua.
obs. A foto é meramente ilustrativa.