por Rita Durigan
Fomos assistir as quartas de final do US Open de Tênis, aqui em Nova York. A americana e maior campeã do esporte de todos os tempos, Serena Williams, enfrentaria a checa Karolina Pliskova, mais bem pontuada no ranking. Serena ainda sente os reflexos do retorno da “licença maternidade”. Nos primeiros games sofreu um pouco e a checa mostrou porque estava ali, jogando com a melhor. Mas a motivação de Serena foi sendo visível e, quando tudo parecia perdido, ela virou o jogo e venceu.
Serena está no livro “Histórias de ninar para garotas rebeldes” e falamos sobre ela com Valentina antes do jogo. Torcemos muito e estávamos felizes.
Na entrevista final, perguntada sobre o que a motivou vencer de virada a partida, ela disse que “queria inspirar as pessoas que estavam assistindo o jogo”.
Na sequência, o espanhol Rafael Nadal enfrentou o austríaco Dominic Thiem. No primeiro game, Thiem não deu chance para o campeão e favorito. O que surpreendeu a todos, inclusive minha filha, pra qual falamos de quão bom era o espanhol, que veríamos jogar.
Não ficaríamos até o final, pela hora avançada. Enquanto fui ao banheiro com Valentina, meu marido ainda viu Nadal vencer um game. A final foi surpreendente e Nadal venceu Thiem. Mas antes disso, quando tudo parecia perdido, eu disse pra minha filha: “Viu, filha! Até os campeões, como o Nadal, podem perder.”
Ela deu um sorrisinho e respondeu: “os campeões perdem, mas as campeãs, nunca!”.