por Rita Durigan
Se você aproveitou o Carnaval pra vir pra Nova York, mora por aqui, ou tem viagem marcada pra cá nos próximos meses, nossa dica é a exposição “Frida Kahlo: Appearances can be deceiving” <As aparências podem enganar>, que está em cartaz no Brooklyn Museum até 12 de maio.
Aconselho comprar ingressos online, com antecedência e hora marcada, porque a procura está enorme, as filas são grandes e você pode chegar no museu e não conseguir entrar. Chegamos as 15h e só conseguimos ingresso pro último horário, às 17h40, numa quarta-feira comum. Aproveitamos para visitar o museu que a gente não conhecia até a hora de liberarem nossa entrada.
A exposição da Frida Kahlo é recheada de imagens, cartas, roupas, acessórios e produtos de beleza, além dos gessos que cobriam a parte de cima do corpo da artista (à direita no destaque acima) após o acidente de ônibus que a deixou de cama por muito tempo; a perna postiça que usava após perder a sua direita; as muletas; os remédios que aliviavam sua dor, além, claro de obras e da contextualização de sua vida, incluindo romances e o casamento com o também famoso muralista Diego Rivera.
Algumas das coisas vistas ali são reproduções do que também está na La Casa Azul, em Coyoacan, no México, onde Frida passou a maior parte de sua vida (logo faço um post sobre nossa visita lá).
Voltando à exposição da Frida aqui em Nova York, ela mostra como essa artista mexicana transformou em arte suas dores físicas e emocionais, suas deficiências, como ela fez de sua própria existência uma bandeira de luta, de valorização de seu povo e de seu país. E transformou a si mesma uma obra profunda de cores, de gritos e dores, que mexe comigo, com minha filha, e com tantos apaixonados por sua história. Se você é um deles, não pode perder.



