por Pati Juliani
Estamos em março, no mês das mulheres, e chegou a minha vez de dar uma Receita de Mãe. Minha receita tem a ver com o nosso corpo, com nossa feminilidade e com o que está diretamente relacionado com os nossos ciclos. Essa é uma receita que recebi de uma mãe amiga e que mudou, muito, a minha vida.
Em março de 2017 estive em um Workshop de Saúde Integrativa ministrado por Kareemi Gak (1), no espaço Bem Gerar (2), em Sorocaba. Nesse workshop, muitos assuntos foram abordados e, à partir daquele dia, eu decidi incorporar, definitivamente, em minha rotina o coletor menstrual e os absorventes de tecidos.
Eu já havia feito a aquisição de meu coletor e meus absorventes (receita de uma querida mãe e parceira de rodas femininas), mas ainda tinha dúvidas e receios. No entanto, depois que efetivamente comecei a usá-los, nunca mais parei.
A aquisição e utilização do coletor vem junto com uma série de dinâmicas para repensar o consumo e a relação com os objetos que utilizamos no dia a dia. Os principais benefícios desse novo hábito foi reduzir custos e resíduos. Ele também é livre de componentes químicos, o que diminui o desconforto com relação a esse período. Mas o mais importante, antes de alterar qualquer hábito nesse sentido, é conhecer e saber o que causa ou não desconforto em seu próprio corpo.
Eu, particularmente, revezo o coletor com absorventes de tecidos, quando o fluxo está muito no começo ou no final. Além disso, dependendo de como me sinto, prefiro estar com algo fora de meu corpo. Depois de utilizá-lo, coloco em minha panelinha (de ferro, que mantenho só para isso) e fervo para guardá-lo até a próxima utilização. O legal é que, muitas vezes, o coletor e também os absorventes de tecido são vendidos por mulheres empreendedoras, que buscam comercializar produtos sustentáveis.
Procure pesquisar e entender como isso funciona, quem vende e de que maneira essas “receitinhas” podem melhorar a relação com seu próprio corpo e com as questões de consumo e sustentabilidade.
Aqui em Sorocaba, quem vende coletores e posso recomendar é a mãe do Iuri e da Sophia, a empreendedora Julia Gomes (3). E quem vende os absorventes de tecido é a mãe do Lucas, a também empreendedora Aline Daiane. (4). A Rita Durigan, aqui do blog, que mora nos Estados Unidos, comprou pela internet de marcas também criadas por mulheres.
Pequenas, mas significativas mudanças são substanciais para nossas micropolíticas diárias. Vale muito a pena!
(1) Kareemi Gak é jornalista, palestrante e facilitadora de Desenvolvimento Humano. Ela trabalha com Ginecologia Natural, Emocional, saberes ancestrais femininos, dá palestra e cursos. Para conhecer melhor seu trabalho, acesse kareemi.com
(2) Bem Gerar é um centro de apoio e convivência na assistência perinatal humanizada em Sorocaba-SP. Para conhecer esse lugar tão especial, acesse facebook.com/BemGerar
(3) Julia Gomes – (15) 997322181 ou @luasol_eroticos
(4) Aline Daiane – @essensaromatherapy