por Paty Juliani
A personagem virtual que assombrou e desestabilizou os grupos maternos sempre existiu. Ela existe e continuará existindo.
Mas, mais uma vez bradamos. Tivemos vontade de gritar e esbravejar. Como assim? Quem pode fazer isso? Como estamos fragilizados dessa maneira?
É difícil admitir, mas sim, estamos expostos o tempo todo. Nossos filhos estão. Viver também é correr riscos. E maternar também é estar em constante alerta. E, principalmente, assumindo responsabilidades.
Mais uma vez não tivemos o tempo da pausa, do silêncio, da reflexão, como trouxemos recentemente nesse post sobre reaprender a silenciar. Fomos bombardeadas pelo pânico.
Mas, se parássemos para pensar um pouco, será que não chegaríamos a conclusão de que Momo é apenas mais um? Mais um perigo entre tantos sites e aplicativos que nos expõem à tudo, inclusive à pedofilia? Por que sempre esperamos que a solução venha de fora, do estado, de Deus?
É difícil olhar para dentro. É difícil fazer escolhas. É difícil ser, o tempo todo, o adulto.
E quem disse que seria fácil?
É preciso parar e pensar.
Nossos filhos realmente precisam estar expostos a isso? De que maneira? Com que frequência?
É um exercício bem difícil, mas necessário.
Tem a ver com olhar para nós mesmos.
Estamos preparados para isso?
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