por Dede Lovitch
Ontem, domingo, dia 24 de março, eu e Bernardo, junto com minha amiga Raquel e sua filha Laura, ganhamos um presente; fomos ao Sesc Ipiranga ver a instalação da artista Edith Derdyk. Antes de irmos embora, Raquel sugeriu que fossemos ao teatro assistir o Slam das Minas; Slam é um torneio de poesias onde a poeta só tem sua voz para falar seu poema em, geralmente, 3 minutos.
E assim fomos… e fomos mesmo, fomos além da nossa percepção padrão, fomos fundo nas questões da mulher, dos negros, dos indígenas, dos LGBTs, e de toda classe oprimida. Escutamos, cantamos, dançamos, nos emocionamos, votamos e choramos.
Ficamos até o anúncio da vencedora, torcemos muito por todas e a nossa preferida foi a campeã, Sabrina Azevedo, uma mulher potente e talentosa, foi ela que nos deu o presente, a honra de vê-la no palco jogando nas nossas caras toda aquela realidade.
O Bernardo correu até ela e pediu um autógrafo, aí foi ela que se emocionou e disse que aquela era a primeira vez que alguém pedia aquilo, ele entregou o papel e se virou, “escreve aqui”, apontando as costas, ela pegou a caneta e deixou uma linda mensagem pra ele:
Eu saí de lá, transformada e com a cabeça a milhão pensando como vivemos numa sociedade desigual e injusta. O Bernardo saiu de lá encantado com as minas e suas poesias e agora ele tem uma nova heroína e o nome dela não é mulher maravilha e muito menos capitã marvel, o nome dela é Sabrina Azevedo. E Viva as Minas!!!