por Paty Juliani

Nós três somos muito criteriosas com relação à mídias digitais, eletrônicos e crianças. Vivemos refletindo essa relação e, alguns posts nossos já mostraram isso –Desliga a TV e se liga nas mudanças que vão acontecer e Estamos preparados pra isso?.

Aqui em casa, por uma opção familiar, crianças não tem celulares, nem tablet. Nossos aparelhos não tem jogos e, quando temos que pesquisar algo para a escola, ou alguma música, fazemos juntas, no computador de mesa. Mas, em razão de minha profissão, sei do poder e das inúmeras possibilidades que os meios eletrônicos trazem nas criações e experimentações artísticas.

Há 4 anos, publicamos um vídeo onde o Bernardo, filho de nossa parceira Dedé Lovicht, pega o celular e faz experimentações sonoras e visuais (veja aqui). Desta vez, aconteceu aqui em casa.

– Mamãe, temos um projeto. Os Zoiudos. E precisamos de fotos e vídeos, pode ser?

Liberei a máquina fotográfica para as imagens e o celular para os vídeos. Foi muito divertido e criativo. Terminada a experiência, que durou uma manhã inteira de domingo, elas concluíram:

– Agora temos que imprimir algumas imagens, fazer um álbum e contar uma história. E tudo isso vai junto com o vídeo.

Pelo visto, isso ainda vai gerar muitos frutos criativos. Os Zoiudos talvez virem mesmo uma história escrita, desenhada, fotografada e filmada. E assim, quatro anos depois, trazemos novamente a potência criativa dos eletrônicos nas mãos das crianças, como uma forma de reflexão sobre como e quando podemos, devemos e queremos inserir nossas crianças nesse universo digital. Afinal, é sempre muito bom ver as criações através de seus olhos.