por Rita Durigan

Você não imagina a diversidade de temas e estilos que um simples rodízio de livros entre amigos pode trazer pra vida literaria de nossos filhos. Porque é natural que a gente siga uma linha na hora de compras livros, pra nós e para ele/as.

Por mais que a gente pesquise, siga pessoas que indicam livros – e é pra ajudar a diversificar a biblioteca dos pequenos que, vira e mexe, indicamos livros no “O que gostamos” – mas até nossas fontes de busca são mais direcionadas para o estilo de leitura que gostamos de ter em casa.

Há alguns meses uma amiga e eu rodiziamos livros dos nossos filhos. Emprestamos um e pegamos outro de volta e passamos uma semana com ele. Como nos encontramos frequentemente, as crianças tem a chance de discutir naturalmente as leituras e detalhes dos livros, as percepções de cada um, e isso torna a experiência ainda mais rica.

Alguns eu gosto tanto que coloco no #oquegostamos, como o de segunda-feira, O homem que amava caixas; Uma criança única; e A Raiva.

Pra melhorar a vida de quem mora fora, como nós, minha amiga e seu filho também são brasileiros e tem muitos livros em Português, como nós. E tentamos trocar bastante as histórias escritas na Língua Portuguesa pra fortalecer ainda mais nossa língua mãe nas crianças.

A experiência é tão divertida que começa quando as crianças escolhem o livro que vão emprestar naquela semana. A gente aproveita pra entender o que motivou a escolha, pra ter a percepção da criança sobre o/a amiguinho/a, sobre aquele livro. É uma troca muito rica de informação.

Além do mais, é como se você dobrasse, de um dia para o outro, a biblioteca particular de seu filho, mas com uma nova curadoria que não a sua ou de quem presenteia as crianças com livros. E sem gastar nada com isso.

Ainda ajuda a trabalhar o conceito de cuidar do que é do outro, do que foi emprestado pelo outro.

Mas, olha, isso não deve substituir uma visitinha à biblioteca mais próxima, sempre que possível 😉 Uma coisa só complementa a outra. Concorda?!