por Rita Durigan
Quantas coisas a gente vai deixando pra trás porque agora não dá? Porque ainda é cedo, mas agora ficou tarde?
Quantas vezes a gente começa e não termina? Porque surgiu algo que atropelou nossos sonhos e vontades?
Quantos projetos nunca sairam da gaveta, ou nem foram pra ela?
Temos nos questionado muito sobre o tempo que temos e o que fazemos com ele. A vida, muitas vezes os engole. Os compromissos nos absorvem de tal modo que fica difícil submergir.
Nessas horas é comum jogar a responsabilidade nos filhos, na maternidade. É fato que isso toma tempo, exige dedicação e presença; que nossas vidas não serão mais apenas nossas já desde a gestação; que ainda vivemos em uma sociedade onde os principais compromissos com os filhos recaem sobre as mães/mulheres; mas isso é tema pra tantos e outros mais posts. E não é só isso.
Corremos para entregar o que o outro precisa, deseja, contrata, mas e o que combinamos com nós mesmos? E nossos compromissos internos? Pra onde vão? Alguém sabe? Será que ainda dá tempo de tirá-los da gaveta? Pra quem precisamos dar as mãos?
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