Dica de mãe – mediação de leitura para todos e livros para leitores independentes

Por Pati Juliani

“Dorme minha pequena
Não vale a pena despertar
Eu vou sair
Por aí afora
Atrás da aurora
Mais serena“
Acalanto – Chico Buarque

Um belo dia ela começou a pegar os livros e ler para descansar um pouco.
Ler no banheiro.
Ler no carro.
Não o gibi habitual, mas livros maiores que até então eram lidos apenas por mim.
Ela, agora, estava se tornando uma leitora independente. E, para celebrar e marcar esse momento, lhe dei de presente um primeiro livro de marcador. Um livro para ser lido com pausas, como os da mamãe.
Escolhi “Marcelo, marmelo, martelo”, de Ruth Rocha, pois não é volumoso, o texto é divertido, simples e a ilustração é de Mariana Massarani, que minha menina adora.
A partir dai, a vovó lhe presenteou com “Meu pé de laranja lima”, de José Mauro de Vasconcelos.
O livro grande de “O mágico de Óz” e “O pequeno príncipe”, que já tinham na estante, foram lidos também.
Uma nova etapa, onde eu comecei a procurar livros para minha leitora independente, ao mesmo tempo que escolhia livros para nosso ritual noturno de mediação de leitura.

Todas as noites, antes de dormir e desde que elas eram bem pequenas,  eu leio um livro escolhido por elas. Esse rito segue não só pela existência da filha mais nova, mas pela necessária importância desse fazer, pois como pergunta Lara Meana (espanhola escritora, mediadora de leitura e livreira Lara Me coletivo Las Tres Brujas e da livraria El Bosque da la Maga Colíbri), “como perder esse momento cotidiano tão fantástico com seus filhos, quando pode deixar para trás os conflitos do dia para focar no que é importante de verdade, que é compartilhar histórias, risadas, aventuras e medos, quer dizer, tudo aquilo que cria vínculo entre nós?”
Assim, entre livros ilustrados mediados, Malala, Greta, Pippi, Pilar e tantos outros nos acompanharam.
O preferido é “Reinações de Narizinho”, de Monteiro Lobato, que talvez perca o pódio pois a paixão, agora, é o primeiro volume de “Harry Potter”, que ganhou quando completou 9 anos.

Nem todas as crianças gostam ou desejam ler da mesma forma, no mesmo ritmo, mas o ritual, o tempo, o exemplo e a disponibilidade podem ajudam as crianças a despertarem alguns hábitos.

Tenho outra filha e ela já demonstra ter outros tipos de estímulos e interesses. E mesmo assim, e até por isso, sigo, com nosso rito tão importante, com olhar atento para seus interesses.

E, como mãe que busca livros para uma leitora independente e muito curiosa, decidi compartilhar algumas de nossas escolhas por aqui.

Portanto, a dica de mãe de hoje vai para a mediação de leitura feita pelo adulto, como ritual na rotina diária e alguns livros da biblioteca de minha pequena leitora independente (ou seja, livros para crianças a partir de 8 anos), que segue crescendo.

Espero que gostem. E, quem tiver dica de mais livros, para mediação ou para pequenos leitores independentes, compartilhe conosco. Nós iremos adorar!!!

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Se você também faz da leitura um ritual diário, uma rotina sua com seus filhos, talvez goste de ler também: “Você gosta de ter rotinas?”

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