Por Dede Lovitch
Estacionei o carro em frente a uma casa que já conhecemos, é famosa pois tem uma arara, uma arara-canindé. A arara fica solta e eu comento:
“Olha lá a arara… coitada…”
Constance logo fala:
“Pelo menos ela fica solta mamãe.”
“Sim, mas o que adianta? Ela tem as asas cortadas.”
“Porque fazem isso?”
“Pra ela não fugir.”
Depois de uma longa pausa
“É como se cortassem nossas pernas…”