por Rita Durigan
Uma amiga entra no quarto das filhas e encontra um 2020 enorme desenhado em amarelo. Pergunta: “o que é isso?”
-“Estávamos brincando de Ano Novo. Vamos começar 2020 de novo”, responderam. Uma tem quase 6 anos, a outra, 7 anos e 3 meses.
Se na minha cabeça de adulto preferia que esse ano passasse rápido, elas, em sua esperança infantil que não se apega à probabilidades, estatísticas, ou incertezas, que não se inspira em notícias, mas no que tem no coração e no que permite a imaginação, mostraram que é sempre possível recomeçar. E que, com fé, pode dar certo.
“Que a gente pare de olhar para nossas crianças como um peso dentro de nossa quarentena. Que a gente possa olhar para elas. Olhar com tempo para apreciar, ouvir, retribuir, amar. Por toda nossa vida. Elas são, sem dúvida alguma, nossa salvação.” – Rita Durigan (9 de abril de 2020).
