por Rita Durigan
Todos os anos o Vovô Beto decora a casa com luzes e a Vovó Toninha monta árvore e presépio para receber o menino Jesus e as meninas Valentina e Maria Clara, na cidade de interior onde passamos todos os natais, no Brasil. Tem até música das netas composta em conjunto: “As Luzinhas do Vovô ficam piscando. A Valentina e a Maria Clara ficam olhando. Pisca a azulzinha, pisca a amarelinha, pisca a verdinha, pisca a branquinha”.
Este ano, por motivos de pandemia, não haverá o encontro e a saudade está imensa.
Do lado de cá dos Estados Unidos, saímos de carro no último domingo antes do Natal para ver as casas decoradas na nova cidadezinha de subúrbio para onde nos mudamos para ter mais calma, quintal e vida leve.
Do carro, enquanto observa, Valentina, 7 anos, que diz o tempo todo de como está feliz morando na casinha nova e demonstra isso claramente, diz:
“Mamãe, já que a gente queria mudar para uma casa, porque não fomos morar no Brasil, na casa do Vovô e da Vovó? Nem precisava de outra casa. Lá a gente também acorda com os passarinhos e ainda tem o Vovô cantando pra gente de manhã. A Japa (como chama a prima) ia poder ir lá todo dia, eu ia na casa dela e a gente brincava e ficava todo mundo junto.”
Ñ tem como substituir, o coração dela está no Brasil, juntos aos q tanto ela ama.