Por Dede Lovitch

Sabem de uma coisa? Falando em signos… sou taurina, terra, chão e toque. Gosto do junto, junto mesmo, olho no olho, ao vivo. Tenho muitas coisas pra contar ainda sobre minha vida. Quero contar e preciso disso. Mas preciso dos corpos presentes.
Nesse ano o que senti mais falta foi das minhas visitas, das minhas idas de surpresa na casa ou no trabalho das pessoas que gosto. Sinto falta de estar com vocês. Minha viagem à Finlândia me trouxe de presente 3 amigas queridas que não via há muito tempo, Carol, Ana e Andrea, cada uma fez parte da minha vida em épocas diferentes e marcaram de forma diferente. Fomos tão acolhidos por elas, foi tão puro, tão lindo. Igualmente seus companheiros, os quais conheci nessa viagem, foram tão carinhosos e respeitaram tanto nossos momentos.
E pensar que esses encontros foram nesse ano ainda, um ano que começou com nós três, só nós três, nossa família, num país tão distante, tanto em quilômetros quanto em cultura, estávamos em Tallin, na Estônia, numa festa de Réveillon no meio da praça com direito a pronunciamento da presidenta e tudo. Estávamos felizes, começamos nós 3 e assim ficamos esse ano todo, até hoje… último dia do ano, nós 3.
Sinto nesse dia, hoje, o último desse ano tão intenso que estamos, eu e meus filhos, saindo ainda mais fortalecidos no nosso vínculo.
Sinto que minhas amizades estão ainda mais concretizadas.
Sinto que entrei tão profundamente nos meus afetos e desafetos que agora sei o meu caminho.
Sinto que meu caminho foi, é e sempre será solitário, como de todos nós.
Sinto que amor e saudade nunca acabam.
Sinto que o trabalho só é digno quando a lealdade é essência.
Sinto que a distância de alguns é vida.
Sinto que Carol, Paty e Rita são pele e alma.
Sinto minha irmã.
Sinto minha filha.
Sinto os homens do meu sangue.
Sinto que esse é o fim do mundo.
Sinto que começo um novo mundo.
Sinto meu mundo.