Por Paty Juliani
“O Brasil é, em grande parte, o fruto de um mau encontro de povos, com a sujeição das culturas indígenas e afro-brasileiras a um colonizador que os submete à lógica do saque.
Mas o Brasil é também fruto do encontro maravilhoso que se expressou, como experiência coletiva, nas culturas populares. Com seus momentos luminosos de mediação singular e moderna entre a cultura letrada e a cultura oral.
Se em algum lugar o Brasil se resolve, como perspectiva e como promessa do bom encontro, é na música.”
E foi assim, com esse texto estampado na tela da TV, num domingo chuvoso, que começamos a assistir a série “2022” na HBO Max.
A série, dividida em 3 partes, é uma celebração aos 100 anos da Semana de Arte Moderna de 22 e conta com 22 encontros especiais, trazendo canções e nomes importantes da nossa Música Popular Brasileira. Com direção geral de Monique Gardemberg e cenografia de artistas da periferia de todo o Brasil, a série gerou boas conversas sobre o que foi esse movimento e seus desdobramentos.
Vimos Caetano e Owera cantando “Um índio”, Criolo e Emicida cantando “Contrução” e tantos outros.
E, aproveitando o momento, demos início à leitura do livro infantil “Ana e a semana: pequena história do modernismo em 1922” de Katia Canton, com ilustrações de Mariana Zanetti, da editora Vergara & Riba, que trata desse movimento que renovou a linguagem e nos trouxe novos conceitos artísticos.
Além de dizer para as crianças que estamos comemorando os 100 anos da Semana de Arte Moderna, contextualizar o que foi esse movimento e como ele até hoje reflete em toda a arte produzida no nosso país é importante e necessário.
