a história da mãe que é chamada de guerreira e que na real só queria viver uma vida com as reponsabilidades dela, só as dela.
Por Dede Lovitch
Este texto é o segundo da trilogia – Abandono, Responsabilidade, Liberdade – escrita por mim.
O primeiro texto está aqui e também no nosso livro – https://criarcomasas.com/2014/08/09/separacao-parte-i-a-dor-do-desamparo/. Se você ainda não leu, sugiro que corra lá e leia antes de continuar.
O terceiro texto ainda não foi escrito, pelo simples fato de ainda não ter acontecido.
R E S P R E S P O N R E S P O N S A R E S P O N S A B I L I D A D E I D A D E I D A D E S A B I L
Responsabilidade.
Responsabilidade requer tempo.
Exige memória.
Pede trabalho.
Permeia a dor.
Mora na alegria.
Resgata a vida.
Responsabilidade e respeito pertencem à mesma obra.
Desenham a mesma criança.
Esse ser que coloca, o mundo adulto, todo momento, à prova.
Será que compreendemos NOSSO LUGAR?
COMPREENDEMOS NOSSA RESPONSABILIdade?
Quando nos tornamos pais e mães não temos ESCOLHA. Não temos?
Ao vivermos numa sociedade com pactos e regras, nos colocamos e somos colocados em papeis determinados , onde a ESCOLHA é a REGRA; sendo assim, a escolha, colocada em 2º plano para um suposto bem comum.
Contudo, precisamos também reconhecer o nosso lugar na natureza, ou seja, nossas crias nascem totalmente dependentes de nós, temos assim, como seres responsáveis pela perpetuação da nossa espécie, cuidar e alimentar esses novos seres.
É assim que tem que ser.
É assim que atingimos nossa POTÊNCIA de existir e de desenvolver a capacidade de sermos responsáveis por toda a humanidade.
Parece ser muita coisa, não é mesmo?
Definitivamente é.
Trazendo tudo isso para perto de nós, de nossas vidas, do corre-corre que transforma nosso tempo em um inimigo, percebemos o quanto estamos longe.
Longe de nossos instintos.
Uma vida cheia.
Um corpo vazio.
Vidas cheias de demandas, corpos sem meios.
Meios do bem-viver, um viver ativo na criação.
Um viver comunicativo.
Ah… comunicação…
E por favor, parem de chamar as mães de guerreiras e movimentem essa sociedade para jogar os pais (homens) na luta do dia-a-dia da criação dos filhos.