por Rita Durigan, escrito em 3 de março de 2023
O mesmo que nos orgulha,
viver no corpo de uma mulher como uma habitante de alma feminina,
nos mata.
Não está fácil viver
mulher.
Se grito, é alto demais.
Se calo-me, fui rendida.
Há risco em tudo e nesse emaranhado, seguimos numa desconstrução construtiva que cansa.
Exaure.
Alucina.
Mas é preciso estar sã,
linda,
leve
e solta.
Mas antes, viva.
É preciso estar viva
num mundo de moer mulheres.
*Esse texto foi citado no podcast Criar com Asas, episódio #52 – As várias camadas do silenciamento. Abaixo os links para ouvir ou ver.
Apple Podcasts: https://podcasts.apple.com/us/podcast/52-as-v%C3%A1rias-camadas-do-silenciamento/id1588643767?i=1000602821221