Por Paty Juliani
“Não quero luxo, nem lixo
Meu sonho é ser imortal, meu amor
Não quero luxo, nem lixo
Quero saúde pra gozar no final”
Na semana especial da mulher, o meu “o que gostamos” vai para o livro “Rita Lee: uma autobiografia” e para todas as suas canções.
Rita é mulher que escreve sua história, as músicas que canta e sua própria biografia.
Rita é mulher que caminhos!
Ela não foi e é apenas a cantora irreverente e colorida, mas é também a compositora, que possibilitou que outras pudessem seguir seus passos na escrita e nas palavras. Paulistana, roqueira, subvertendo a ordem de dominação até então masculina nesse segmento musical, ela trouxe marido e filho para compor, participar e seguir ao seu lado. Protagonista por natureza, sua luz segue sendo farol para outras mulheres. E seu brilho concede permissão para outras brilharem.
Numa sociedade cada vez mais hipócrita e careta, Rita segue sendo necessária.
Antes de ouvir e falar (sempre com o filtro de nosso próprio julgamento) sobre qualquer pessoa (famosa ou não), é preciso ouvir o que ela própria tem a dizer sobre si mesma. Nesse contexto, a lógica acaba por subverter e, ouvindo o outro, acabamos nos conhecendo também um pouco mais e melhor. Por isso, uma autobiografia é sempre tão valiosa.
Rita não permitiria que falassem por ela.
Nós não apenas gostamos, mas amamos Rita. E compartilhamos esse amor, sempre que possível, com todos.
Se os registros, de uma certa maneira, perpetuam nossa existência, Rita já é uma imortal.
Ouça Rita com as crianças. Ouça Rita da maneira que quiser. Mas ouça Rita.
Ela sempre teve e tem muito a dizer.
Viva Rita e todas as mulheres protagonistas de sua própria narrativa 💜.
