por Rita Durigan

Viajar e se entregar para a viagem. O que, para mim, normalmente começa depois que entro no avião, carro ou trem.

Antes disso fico tensa. No avião também, confesso, mas hoje utilizo técnicas de respiração e escaneamento corporal, de consciência do momento presente, e consigo me acalmar. Funciona até mais rápido do que muitas vezes na vida. Depois, é hora de mergulhar na experiência.

Viajar em família nos permite olhar o outro fora do contexto diário, atribulado, mecânico. Olhar quem parece que conhecemos tão bem inserido em culturas completamente diferentes. Mesmo viagens com certa programação nos apresentam ao improviso, ao diferente, à rota desviada, à necessidade de mudá-la, ao cansaço e nossas reações humanas a ele, ao apoio mútuo, ao comer fora de hora, no nosso caso, a fazer muita palhaçada e andar muito. E isso nos faz tão bem.

Viajar em família nos permite olhar para nós mesmos e o papel que ocupamos nesse grupo de pessoas. Em alguns momentos, até ressignificar papéis. E isso é tão importante.

Provar o novo juntos e ver que há gostos em comum e gostos completamente diferentes mesmo nesse primeiro núcleo familiar de quem convive todos os dias junto. Estou falando aqui, principalmente de viagens que nos levam para lugares bem diferentes do nosso lugar comum.

Sim, esta semana serei um tanto monotemática, afinal, acabamos de voltar da Coréia do Sul, meu marido, minha filha de 9 anos, e eu, e está tudo pulsante em mim. Mas prometo ângulos diferentes para não deixar cansativo. Sobre os detalhes da viagem, à partir de sexta-feira, 21 de abril, estará disponível no criarcomasas.com com dicas de “Viagem à Coréia com criança”.

Eu sei que tem gente que não tem condições se quer de visitar a família que mora mais longe. Tem gente que não tem o que comer. E isso não é outra história, é a nossa história. De todos. Coletivamente.

Mas falo aqui sobre os benefícios de poder viajar em família – aquela que é a nossa de convívio diário ou que queremos ter perto, cada um com a sua. E escolher destinos e passeios que nos tirem da mesmice e nos transportem para a realidade de que o mundo não se resume ao frame que vemos ao nosso redor.

Por enquanto, sigamos juntxs por aqui.

Boa semana!

Pode ser que você goste de ler também: “Viagem ao Japão com criança” aqui. ou nas páginas 87, 88 e 89 do livro Criar com Asas – Três amigas, cinco filhos e sete anos de história (compre aqui). Nesta viagem Valentina tinha 3 anos.