por Rita Durigan

O livro “A jornada da heroína: A busca da mulher para se reconectar com o feminino”, de Maureen Murdock foi mesmo uma jornada para mim. Dessas que voltam e vão no tempo, sem aviso, ordem, ou pedido de permissão.

Trafegar entre os diversos aspectos da vida que vão “modelando” a mulher que nos tornamos, e poder olhar de frente para esses momentos de ajustes sociais, religiosos, familiares, históricos, entre tantos outros, é parte de um processo que pode ser tão belo e libertador quanto doloroso. No meu caso, ajudou a trazer luz para característica que tenho olhado em um processo pessoal de autoconhecimento.

Um livro que é impossível ler sem trazer consigo as gerações anteriores e as que virão, como a que parte de mim, a mulher-mãe. E mãe de menina.

Nele, a autora Maureen Murdock utiliza de suas experiência como psicoterapeuta e educadora para traçar um paralelo com “A Jornada do Herói”, de Joseph Campbell. Muito além de um comparativo, ela nos leva para um mergulho no arquétipo feminino, passando pelos 3 níveis da psique Junguiana: o consciente, o inconsciente pessoal e o inconsciente coletivo.

Um livro para refletir sobre a vida que vivemos, a que nos ofereceram para viver e a intersecção entre elas.